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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Paul McCartney - uma vida

Autoconfiança, ambição, amor à música e obstinação. Ao ler Paul McCartney - uma vida, essas palavras gritam nas entrelinhas e são o cerne do sucesso desse artista lendário.

Apaixonante por natureza, dono de um charme irresistível, ele chega ao topo mesmo após a dissolução dos Beatles e onde se mantém até hoje.

O livro de Peter Ames Carlin é envolvente. O autor, como ele mesmo diz, passou anos seguindo as pegadas de Paul e reuniu uma bela obra com depoimentos de vários amigos e profissionais do meio.

Desde a adolescência em família, Paul já exercia seu charme e confiança. Ao ser apresentado a John Lennon, rapaz mais velho e mais rebelde, ele soube impor seu talento e impressionou o novo amigo, com quem teve uma relação intensa e complexa.

Família:
"Há muitos anos, era apenas os quatro. Jim e Mary e seus dois garotos indisciplinados, Paul e Michael. Jim e Mary eram pais mais velhos do que o esperado. Ele já tinha passado dos quarenta quando Paul nasceu, e ela também chegara ao final dos trinta quando Michael entrou em cena, dois anos depois. Talvez isso, junto com algumas nuvens que os velhos MacCartney sabiam estar se formando no horizonte, fez com que eles valorizassem muito mais a vida em família. Além disso, o clã sempre foi muito próximo e, quando uma tarde de inverno se tornava escura e fria, a família se reunia na sala de estar, Jim puxava o banco e deixava seus dedos tocarem nas teclas frias e macias.
Ele não era um pianista fantástico; no passado, seu instrumento havia sido o trompete. Mas Jim possuía um bom par de ouvidos e dedos ágeis que conseguiam estabelecer o ritmo e a melodia de uma canção popular, martelando-os até que o topo do piano encostasse-se à moldura. (...) Mary não era musical - era uma enfermeira que olhava para o mundo com olhos sombrios, embora meigos -, mas adorava o jeito do marido com as canções. Gostava especialmente de ver Paul sentado no chão encarando o pai, com os olhos castanhos acesos e as bochechas fofinhas abertas num sorriso."

Paul e John:
"Sob vários aspectos, os dois adolescentes eram como espelhos um do outro. Quase de imediato, quando John e Paul se sentavam frente a frente, os braços de suas guitarras - um para a mão direita outro para a mão esquerda - apontavam na mesma direção, enquanto dois dedos dançavam com a palheta em total sintonia com os do parceiro. Suas personalidades também se espelhavam: o garoto mais velho impetuoso e geralmente destemperado equilibrado pelo jovem companheiro sorridente e afável. Todavia, embora ambos parecessem escolhas improváveis um para o outro, John e Paul também compreendiam que se ajudavam reciprocamente nas próprias fraquezas. John admirava a desenvoltura de Paul ao se apresentar, tanto no palco quanto fora dele, ao mesmo tempo em que Paul se encantava com a inteligência fulminante de John, e sua disposição - e não avidez - para dizer sem pudor todas as coisas cruéis em que Paul pensava secretamente, mas não conseguia expressar."

Linda:
"Tietes dentro de casa, drogas por toda parte, a névoa tóxica de tudo, o tempo todo. No entanto, nos momentos silenciosos que precediam o amanhecer, aquilo não significava nada. Nada que realmente tivesse importância, e foi ali que a mente de Paul se voltou para a loira de olhos grandes e redondos de Nova Iorque. Ela era diferente: nem elegante, nem hippie de butique; nem fria, nem escaldante. Mas havia algo nela, aquele calor indefinível, que o fazia se sentir diferente também. Mais perto do chão. À vontade e - seria possível? - seguro."

Ele é uma lenda.

Autor: CARLIN, PETER AMES
Tradutor: CURY, VANIA MARIA
Baseado vida/obra: MCCARTNEY, PAUL
Editora: NOVA FRONTEIRA
ISBN: 9788520923399
44,90

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu só acho meio estranho biografias de pessoas que ainda não morreram...

Anônimo disse...

E para ter uma biografia o artista em questão deveria estar morto? Pensamento equivocado.

Palavralida disse...

Olá, pessoal, bom dia!
Biografias realmente são para contar a vida de pessoas, muitas vezes isso só acontece quando morrem, mas uma biografia de alguém ainda vivo também tem muito valor. Eu, particularmente, gosto muito.
Um beijo e ótimo fim de semana!

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