Outro dia, em casa, em uma das tantas conversas literárias em família, discutíamos o motivo pelo qual as crianças e os jovens desta geração não têm mais o hábito / prazer da leitura.
Me vi falando sobre falta de incentivo desde a alfabetização e me lembrei do meu querido CAP/UERJ, escola que me formou leitora, com toda certeza.
É verdade que tinha em casa um irmão mais velho absolutamente apaixonado pelos livros, e, por conta disso, um belo acervo infanto-juvenil. Diz ele que quando eu era muito pequena, gostava de pegar seus livros para fazer rabiscos, mas acredito ser intriga da oposição.
Minha memória de infância é muito limitada, mas guardo dentro de mim a sensação de alegria intensa quando, em nosso colégio, anunciavam alguma feira de livros. Imaginem, crianças de 6 ou 7 anos, esperando ansiosamente e pedindo fervorosamente aos pais um pouquinho de dinheiro para trazer alguns daqueles tesouros para casa.
Lembro-me de que meu maior desejo (e o desejo ainda permanece), era ter em casa a coleção completa de Lygia Bojunga Nunes, em seus Sofás Estampados, suas Bolsas Amarelas e suas Cordas Bambas. E a Casa da Madrinha? Que delícia! Os guardaria - como a cena de Bisa Bia, Bisa Bel (Ana Maria Machado) - em uma caixadentrodeumacaixadentrodeumacaixa no fundo do mar, como um tesouro querido, mergulhando a cada vontade de pescá-los e saboreá-los.
Vejo meus filhos-leitores hoje e sei que o incentivo é puramente familiar, não escolar. Eles passaram a vida me vendo feliz da vida quando estava com um livro em mãos e isso aguçou sua curiosidade, acredito.
Obrigada, querida Tia Leila, que nos conduziu ao mágico mundo da literatura.
Sei que pouquíssimas crianças tiveram a mesma oportunidade, a mesma educação literária que nós.
Um beijo,
Me vi falando sobre falta de incentivo desde a alfabetização e me lembrei do meu querido CAP/UERJ, escola que me formou leitora, com toda certeza.
É verdade que tinha em casa um irmão mais velho absolutamente apaixonado pelos livros, e, por conta disso, um belo acervo infanto-juvenil. Diz ele que quando eu era muito pequena, gostava de pegar seus livros para fazer rabiscos, mas acredito ser intriga da oposição.
Minha memória de infância é muito limitada, mas guardo dentro de mim a sensação de alegria intensa quando, em nosso colégio, anunciavam alguma feira de livros. Imaginem, crianças de 6 ou 7 anos, esperando ansiosamente e pedindo fervorosamente aos pais um pouquinho de dinheiro para trazer alguns daqueles tesouros para casa.
Lembro-me de que meu maior desejo (e o desejo ainda permanece), era ter em casa a coleção completa de Lygia Bojunga Nunes, em seus Sofás Estampados, suas Bolsas Amarelas e suas Cordas Bambas. E a Casa da Madrinha? Que delícia! Os guardaria - como a cena de Bisa Bia, Bisa Bel (Ana Maria Machado) - em uma caixadentrodeumacaixadentrodeumacaixa no fundo do mar, como um tesouro querido, mergulhando a cada vontade de pescá-los e saboreá-los.
Vejo meus filhos-leitores hoje e sei que o incentivo é puramente familiar, não escolar. Eles passaram a vida me vendo feliz da vida quando estava com um livro em mãos e isso aguçou sua curiosidade, acredito.
Obrigada, querida Tia Leila, que nos conduziu ao mágico mundo da literatura.
Sei que pouquíssimas crianças tiveram a mesma oportunidade, a mesma educação literária que nós.
Um beijo,
A paixão pelos livros tem que ser cultivada, ela não surge por acaso. Ainda mais num tempo em que as crianças têm tanto por onde dedicar a sua atenção. Mas que é uma luta que vale a pena, ai isso é!
ResponderExcluirBeijo
Ô delícia de texto, de lembranças, de homenagem!
ResponderExcluirBenditas sejam as Tias Leilas, e benditas nós, as mães chatas, que incentivam todos os dias os filhos a mergulharem profundo no mundo dos livros!
Te amo!
É verdade, queridos... Por causa de tudo isso, tenho uma visão romântica do início de tudo... Hoje sei que não suportaria viver sem minha leitura por causa do incentivo maravilhoso que recebi.
ResponderExcluirBeijos!