quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O apanhador no campo de centeio


O livro foi o primeiro do gênero adolescente, feito para eles. Foi o primeiro a narrar, na primeira pessoa, as angústias e dúvidas que nos atingem nessa fase. Foi o pioneiro desbravador da alma que adolesce.

Holden Caulfield é um rapaz de 16 anos muito atormentado, que volta à casa dos pais num fim de semana para dar a terrível notícia de que havia tomado bomba em quase todas as matérias. É uma leitura introspectiva, já que fala a maior parte do tempo sobre os pensamentos do menino. Ele não sabe o que quer fazer da vida, a não ser viajar para longe de casa e descobrir o que é viver de fato. O que o prende é sua irmã caçula, uma doce menina apaixonada pelo irmão. Toda a sua falsa insensibilidade vai por água abaixo quando está perto da irmãzinha.

Este livro ganhou projeção mundial por causa de uma triste notícia: Mark Chapman, assassino de John Lennon, foi encontrado logo após a morte do artista o lendo. Isso fez com que algumas correntes alegassem ser o livro um gatilho mental para futuros assassinos.

Bem, certamente isso tornou seu autor um dos mais famosos do mundo, mas quem leu o livro viu apenas uma história adolescente. Da maneira como ele foi lido no planeta, já teríamos implodido, provavelmente.
Autor: SALINGER, J. D. 
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA - ROMANCES
ISBN: 9788587575012
Preço: 59,90

3 comentários:

  1. Muito bom, é, Vanessa? Beijos, querida!

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  2. Li o livro em um dia e só consegui pensar que o Holden tem um certo medo de crescer, e tudo que ele quer o livro todo é voltar para casa. Não precisa ser a casa dele, literalmente, mas algum lugar em que tenha pessoas que gostem dele de verdade. Ele fala muito da irmã, do Allie e da Jane, mas só poderia encontrar com a irmã na quarta-feira, não pode falar com a Jane e seu irmão morreu. E ele raramente fala sobre o que realmente quer falar, por mais introspectivo que o livro seja. Por exemplo, a morte do Allie. O Holden sofre tanto com isso e ainda assim passa mais tempo falando sobre os patos no lago congelado. Ele basicamente se sente sozinho o tempo todo, e quanto mais penso sobre mais triste acabo ficando.

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