Acabei de reler este extraordinário romance com pitadas de realidade. Mês de agosto, 1954, morte do Presidente Getúlio Vargas e vidas paralelas e entrelaçadas.
Rubem Fonseca é mestre nisso. Mistura tudo no mesmo caldeirão e a gente depois vê no que dá. Para mim, o personagem principal chama-se Comissário Mattos, um cara comum, cheio de problemas e conflitos, arrogante e autoritário e inacreditavelmente com uma alma boa e crente.
Como muitos livros que leio, este também me deu a sensação de poder ter tido mais páginas, para que todos os núcleos da história se fechassem adequadamente.
Alguns personagens ficaram no ar, sem fechamento. Acabamos o livro com o pensamento: Mas e o que aconteceu com fulano e com beltrano? Sempre fico me perguntando se isso é proposital, para deixar nossa imaginação vaguear junto com o autor, ou se é erro de continuísmo mesmo, ou melhor, de finalização.
De uma forma ou de outra, Agosto vale sempre a pena ser lido e relido. A palavra de Rubem Fonseca é maravilhosa e a literatura brasileira sempre nos deixa com aquela sensação de familiaridade, as ruas, os lugares conhecidos, é fascinante.
Autor: FONSECA, RUBEM
Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
Assunto: LITERATURA BRASILEIRA
ISBN: 9788535906493
Preço R$ 23,00 (edição de bolso)
2 comentários:
Eu querooooooooooo! Segura aí, segura!
Depois de acabar de arrastar Saramago, ler Balzac e a Costureirinha, o do Caetano, e o livro de contos que vc me emprestou. Ai, eu não presto, eu não presto...
Tarada.
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