Sobre literatura:
"Eu queria fazer parte das árvores como os pássaros fazem.
Eu queria fazer parte do orvalho como as pedras fazem.
Eu só não queria significar.
Porque significar limita a imaginação.
E com pouca imaginação eu não poderia fazer parte de uma árvore.
Como os pássaros fazem.
Então a razão me falou: o homem não pode fazer parte do orvalho como as pedras fazem.
Porque o homem não se transfigura senão pelas palavras.
E isso era mesmo."
"...Eu queria que minhas palavras de joelhos no chão pudessem ouvir as origens da terra."
"Visão é recurso da imaginação para dar às palavras novas liberdades?"
"Eu sustento as palavras com o silêncio do meu abandono."
"Escrever o que não acontece é tarefa da poesia."
"Eu só faço travessuras com palavras. Não sei nem me pular quanto mais obstáculos."
Terminei hoje esta pérola! Foram 48 horas de puro deleite, poesia líquida, aerada, certeira, perfeita! Manoel de Barros lançou este livro pela primeira vez em 2010, do alto de seus 94 anos, mas ainda com alma de menino, menino do mato.
Que as palavras desse poeta estejam sempre em nossas vidas, corações, sentidos. Que renasçam muitos Manoéis pelo mundo. Que a vida mostre pelas palavras a beleza do natural, irreal, imaginário.
Autor: BARROS, MANOEL DE
Editora: ALFAGUARA BRASIL
"Eu queria fazer parte das árvores como os pássaros fazem.
Eu queria fazer parte do orvalho como as pedras fazem.
Eu só não queria significar.
Porque significar limita a imaginação.
E com pouca imaginação eu não poderia fazer parte de uma árvore.
Como os pássaros fazem.
Então a razão me falou: o homem não pode fazer parte do orvalho como as pedras fazem.
Porque o homem não se transfigura senão pelas palavras.
E isso era mesmo."
"...Eu queria que minhas palavras de joelhos no chão pudessem ouvir as origens da terra."
"Visão é recurso da imaginação para dar às palavras novas liberdades?"
"Eu sustento as palavras com o silêncio do meu abandono."
"Escrever o que não acontece é tarefa da poesia."
"Eu só faço travessuras com palavras. Não sei nem me pular quanto mais obstáculos."
Terminei hoje esta pérola! Foram 48 horas de puro deleite, poesia líquida, aerada, certeira, perfeita! Manoel de Barros lançou este livro pela primeira vez em 2010, do alto de seus 94 anos, mas ainda com alma de menino, menino do mato.
Que as palavras desse poeta estejam sempre em nossas vidas, corações, sentidos. Que renasçam muitos Manoéis pelo mundo. Que a vida mostre pelas palavras a beleza do natural, irreal, imaginário.
Autor: BARROS, MANOEL DE
Editora: ALFAGUARA BRASIL
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